Qual é o seu sonho? Você já reparou que poucas pessoas conseguem falar confortavelmente nos seus sonhos? A maioria das pessoas tem medo de sonhar. Desta forma, só sabem dizer o que não são os seus sonhos. “Eu não tenho o sonho de ter um iate, mas gostaria de ter uma casa na praia. Eu não tenho o sonho de andar num carro importado, gostaria de melhorar apenas o ano dele.” E assim por diante… As pessoas têm dificuldade de expressar um sonho ousado. De repente por não acreditar nele, e terem vergonha de manifestar.
Existem dois tipos de sonhos: aquele que possuímos quando dormimos, que a nossa mente produz, e o sonho no sentido figurado, aquele que chamamos de plano de vida e que jogamos a nossa motivação, o nosso desejo e anseio e tudo aquilo capaz de nos mover a uma ação.
Qual é a diferença entre uma pessoa que realiza o seu sonho e outra que não? Um dos principais ingredientes é a ATITUDE. E ter ATITUDE significa ir em busca de como chegar lá. Ir em busca de conhecimentos, ir em busca de recursos, ir em busca de ajuda, para realizá-los. E existem aqueles que depositam os seus sonhos apenas na fantasia, e se contentam com a idéia de cultivá-los não fazendo nada para aproximá-los da vida real.
O que mais traz satisfação ao ser humano não é atingir totalmente seus objetivos, caso isto não aconteça ou a circunstância da vida não permita. Mas é a condição de lutar, de se engajar em um propósito para a sua realização. As pessoas mais frustradas não são aquelas que não conseguiram atingir o seu objetivo ou meta, mas são aquelas que não fizeram nada para tentar chegar lá.
Já vi muita esposa não conseguir ser feliz por querer viver a vida do seu marido, não conseguir ter sonhos e objetivos próprios. Também, vi muitos pais não conseguirem ser felizes por não viverem as suas vidas. Não terem seus próprios sonhos, e acabarem vivendo o sonho e anseios dos filhos, depositando toda a sua expectativa na vida dos filhos. E quando estes saem de casa, para viverem suas próprias vidas, vem a frustração de uma vida vazia e sem propósito, sem sonhos. Este é um distúrbio muito comum chamado de “Síndrome do Ninho Vazio”, no qual adultos de 40 a 60 anos enfrentam grandes depressões quando seus filhos saem de casa para viver suas vidas.
Não acredito que esta seja a escolha das pessoas. Respeito e compreendo este sentimento. Mas creio que as pessoas possam superar esta fase se tiverem sonhos e objetivos a realizar, não importando a idade que tiverem.
Os sonhos nos instigam a criar, nos motivam a arriscar, nos animam a superar dificuldades. O sonho que surge quando se tem um filho, quando se ama alguém, quando se tem esperança de voltar a ter saúde, quando se tem uma fé e se acredita em um ser superior. Precisamos ir atrás de nossos mais lindos sonhos sejam eles: materiais, afetivos, espirituais ou intelectuais. Faço minhas as palavras do ilustre cientista e escritor Augusto Cury: “Não se esqueça que você vai falhar 100% das vezes que não tentar, vai perder 100% das vezes que não procurar, vai estacionar 100% das vezes que não ousar caminhar.” Vamos sonhar de forma genuína, sem colecionar derrotas em nossas vidas.
Cíntia Huf