Perguntaram ao filósofo grego Thales o que era mais difícil para o homem. Ele respondeu: “Conhecer a si próprio”. Freqüentemente, investimos em programas de liderança, em técnicas de melhor gerenciar equipes, e corremos em busca de qualificação através dos MBAs, mestrados e doutorados… E deixamos de olhar um pouco para dentro de nós mesmos e procurar nos conhecer melhor.
O autoconhecimento emocional é o conhecimento adquirido de si mesmo e de seus sentimentos. É uma competência fundamental para que a pessoa possa ter confiança em si mesmo (autoconfiança) e conhecer seus pontos fortes e fracos.
Os sentimentos mais fortes que as pessoas possam ter são tristeza, alegria e raiva. E é fundamental saber lidar com eles. Segundo Daniel Goleman, psicólogo Phd, “as pessoas que sabem controlar suas emoções são aquelas que obtêm mais sucesso na vida, em qualquer tipo de medição: provas de vestibular, entrevistas, situações inusitadas, etc… E isto só é possível quando existe o autoconhecimento emocional.
Desde a nossa infância, fomos criando e usando “máscaras” para proteger nossa verdadeira essência. Fomos adquirindo padrões sócio-culturais que quando são rígidos e inflexíveis bloqueiam nosso processo de desenvolvimento. Vamos “levando” a vida, escutando apenas o que os outros, a sociedade, o trabalho, a mídia e os nossos padrões nos dizem para fazer. Muitas vezes, não damos ouvidos à nossa própria voz que vem do nosso coração, do nosso interior.
Conhecer e traçar o perfil comportamental nos auxilia neste processo, pois ele é um método de autoconhecimento que visa ajudar a pessoa a entender o seu funcionamento e suas características comportamentais. Além de auxiliar no conhecimento de simples reações individuais a cada um. Como por exemplo: Por que reajo desta maneira? Por que me comporto desta forma quando tal coisa acontece? Por que me sinto inseguro (a) nestas situações? Por que busco segurança e tenho medo de arriscar? Por que me magôo fácil e guardo ressentimentos?
O perfil comportamental também auxilia na identificação do potencial que a pessoa tem, colocando-a numa perspectiva de desenvolvimento e valorização.
Cada vez mais pessoas estão em busca de se conhecerem melhor pelas exigências e necessidades do mundo moderno. Os benefícios para quem possui o autoconhecimento são muitos: melhora a auto-estima a partir da consciência de suas qualidades, desenvolve melhora nos relacionamentos e, principalmente, uma melhora na forma de encarar a vida, buscando a felicidade. E quem não quer ser feliz?
Cíntia Huf – Consultora Empresarial
Texto integrante da palestra “PERFIL APLICADO À LIDERANÇA”, de Cíntia Huf